Este é, para mim, um dos lances mais brilhantes da história do futebol. A genialidade do Rei Pelé em todo seu esplendor. Ele anteviu a saída desajeitada de Mazurkiewsky (goleiro da seleção uruguaia), com toda presença de espírito deixou a bola passar por entre suas pernas e fez um semi-círculo em torno do arqueiro. Com o pobre goleiro na saudade a consagração era certa, era só tocar pras redes e correr para o abraço... Mas não foi assim; caprichosamente a bola passou rente a trave e se perdeu pela linha de fundo.
Frustração geral. Do rei, dos que assistiam aquela pintura de jogada naquela tarde de 1970 no México e é claro de todos nós que ainda hoje ao vermos a reprise desse lance insistimos em acreditar que dessa vez a bola vai entrar.
Certa vez o próprio Rei disse que aquele lance ficou mais famoso por não ter sido gol. Talvez ele estivesse certo, mas como se conformar? Como não tentar empurrar com os olhos a pelota pro fundo das redes? Como aceitar que o maior goleador de todos os tempos arremataria pra fora?
Acho que na vida todos nós tivemos o nosso drible do Mazurkiewsky. Seja no esporte, no trabalho ou no amor. Houve na vida de cada um de nós um momento em que a glória, a alegria, a conquista, o prazer era, por nós, dado como certo e o destino simplesmente não quis assim. Teremos para sempre que lidar com a promoção perdida, com o grande amor desencontrado, com a sorte grande escorregando entre nossos dedos. Enfim, com o que poderia ter sido e, simplesmente, não foi.
Lidar com a frustração de ter feito tudo certo e ter errado no final não é tarefa simples. Repassar mentalmente a chance perdida, mentalmente imaginar tudo saindo como o esperado é uma das piores torturas que podemos nos impor.
Infelizmente, assim como em 1970, Pelé não teve outra chance de acertar sua jogada genial (acredito que até hoje esse é um lance sem o desfecho perfeito, seja no mundo do futebol profissional ou nas peladas de finais de semana), na nossa vida nos também não temos uma segunda oportunidade. Entretanto em 1970, o Rei venceu aquela partida (Brasil 3 x 1 Uruguai) e em seguida o torneio mundial (tricampeão mundial de futebol), cabe a nós aceitarmos que a bola, às vezes, simplesmente não vai entrar e então partir para o próximo lance, com mais capricho, com mais atenção, com mais raça e principalmente acreditando que vai dar certo. Não podemos nos perder na frustração da chance desperdiçada e não nos darmos a chance de acertar ali na frente.
Acredite! Dê um novo drible, a bola vai entrar. Aí é só correr pro abraço!
Frustração geral. Do rei, dos que assistiam aquela pintura de jogada naquela tarde de 1970 no México e é claro de todos nós que ainda hoje ao vermos a reprise desse lance insistimos em acreditar que dessa vez a bola vai entrar.
Certa vez o próprio Rei disse que aquele lance ficou mais famoso por não ter sido gol. Talvez ele estivesse certo, mas como se conformar? Como não tentar empurrar com os olhos a pelota pro fundo das redes? Como aceitar que o maior goleador de todos os tempos arremataria pra fora?
Acho que na vida todos nós tivemos o nosso drible do Mazurkiewsky. Seja no esporte, no trabalho ou no amor. Houve na vida de cada um de nós um momento em que a glória, a alegria, a conquista, o prazer era, por nós, dado como certo e o destino simplesmente não quis assim. Teremos para sempre que lidar com a promoção perdida, com o grande amor desencontrado, com a sorte grande escorregando entre nossos dedos. Enfim, com o que poderia ter sido e, simplesmente, não foi.
Lidar com a frustração de ter feito tudo certo e ter errado no final não é tarefa simples. Repassar mentalmente a chance perdida, mentalmente imaginar tudo saindo como o esperado é uma das piores torturas que podemos nos impor.
Infelizmente, assim como em 1970, Pelé não teve outra chance de acertar sua jogada genial (acredito que até hoje esse é um lance sem o desfecho perfeito, seja no mundo do futebol profissional ou nas peladas de finais de semana), na nossa vida nos também não temos uma segunda oportunidade. Entretanto em 1970, o Rei venceu aquela partida (Brasil 3 x 1 Uruguai) e em seguida o torneio mundial (tricampeão mundial de futebol), cabe a nós aceitarmos que a bola, às vezes, simplesmente não vai entrar e então partir para o próximo lance, com mais capricho, com mais atenção, com mais raça e principalmente acreditando que vai dar certo. Não podemos nos perder na frustração da chance desperdiçada e não nos darmos a chance de acertar ali na frente.
Acredite! Dê um novo drible, a bola vai entrar. Aí é só correr pro abraço!